terça-feira, 9 de julho de 2013

ZIZEK À VONTADE NA TV.

Sempre achei o filósofo Slavoj Zizek brilhante em algumas análises e lastimável em outras. Há um fio autoritário e anti-democrático em suas propostas para a democracia no mundo. Seu culto ao Estado hegeliano, sua indisfarçável admiração pelo capitalismo de Estado da China ou de Cingapura, seu desprezo pela descentralização do poder e pelas "ridículas" idéias de democracia direta e autogestão, tudo isso cheira à velha esquerda dogmática sob uma 'falação'(Lacan)de fachada pós-moderna. Ele desconfia dos atuais movimentos populares no mundo, pois são "espontâneos" e "não sabem o que querem". Zizek sabe o que quer: a volta da vanguarda leninista que tudo dirige e comanda. E de um Estado forte que 'submeteria' o que há de randômico e imprevisível na História. Seu ídolo, Hegel, aquele da História Consumada, dava algum espaço para a indeterminação e a criação. Zizek faz que vai aceitar a abertura, mas a fecha em seguida. Prefiro quando fala de cinema e se apresenta como "filósofo pop", analisando a irrealidade do capitalismo.

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